EFEITO QUEBRA-NOZES (Parte 1)


2 de Agosto de 2015 às 22:26
Embocaduras, Freios e Bridões.

A embocadura mais utilizada nos criatórios dos antigos criadores, que desenvolveram as linhagens pilares e antigas, era o freio convencional. Mas atualmente as embocaduras mais utilitadas são o bridão e o freio-bridão. Infelizmente, não foi caso de evolução. Principalmente o mal uso do bridão, no inicio da doma de sela, treinamento e nas provas de marcha, tem sido a causa principal das muitas falhas de adestramento observadas nas apresentações em provas de marcha, tanto de equinos como de muares.

No caso do freio-bridão, deve ser ressaltado que, raramente, o adestramento será considerado como 100% finalizado sem que se faça a transição para o freio convencional, que é a embocadura profissional, a mais especialidade em recursos para o treinador refinar o adestramento. Como o próprio nome sugere, o freio-bridão é uma embocadura de transição, entre o bridão e o freio convencional. Portanto, salvo raras exceções à regra, ainda restará algum grau a mais no nivel do adestramento de cavalos e éguas conduzidos com o freio-bridão.

 

 

O bridão convencional é entendido como sendo toda embocadura de bocal articulado no centro (bocal partido, como se diz popularmente), porem desde que as biqueiras da rédea sejam colocadas no olhal ao nivel do bocal, para que o efeito alavanca seja nulo, até porque não se usa barbela em bridão, sendo o comando de rédea denominado de direto, ou rédea de abertura, totalmente dependente da ação do bocal. O bridão é a embocadura inicial, amadora, de cavalos, muares, cavaleiros e amazonas iniciantes, porque tem apenas um efeito principal, o do bocal pressionando as comissuras labiais. Os efeitos secundarios são exercidos nas barras e lingua. Todavia, o bridão é a embocadura que mais pressiona a lingua. Há um conceito errado de que o bridão é a mais gentil das embocaduras. Se mal usado, o bridão pode ser a pior das embocaduras, causando desconforto em todos os pontos de controle na boca – comissuras labiais, barras, lingua.

*Lúcio Sérgio de Andrade